Hospedagem com café da manhã em frente ao mar com acesso direto à praia e atendimento exclusivo para até quatro adultos
Araaripe
O "lugar onde começa o dia": Araaripe. Em tupi-guarani ara é dia, mas é também tempo, mundo e claridade. Ari é o começo, o nascimento. E pe o lugar, onde.
O nascer do sol no mar, em frente ao Araripe Lodge: recomeço
história
Mapas do século 16 já registravam o nome da região, uma das mais documentadas do período
No destaque, a localização do Araripe Lodge
Araripe de Baixo fez parte, há mais de 40 anos, da fazenda que lhe deu o nome. O topônimo vem do tupi-guarani: ara (dia, tempo, mundo, claridade), ari (começo, nascimento) e pe (em, lugar, onde). Araripe é o "lugar onde começa o dia".
Encravada entre a Baía de Todos os Santos, a leste – onde nasce o sol, o dia – a fazenda Bom Jesus, a norte e a fazenda Araripe de Cima, a oeste, Araripe foi a praia mais recôndita de Santo Amaro. Pertence hoje ao município de Saubara, emancipado em 1989.
Reza a lenda que, sem acesso por terra, as primeiras casas de veraneio de Araripe foram erguidas com material de construção trazido por barco – inclusive a que hoje abriga o Araripe Lodge, uma das três pioneiras, todas no centro da enseada.
Domínio de Mem de Sá, terceiro governador-geral da Bahia, a península de Saubara integrava o engenho Sergipe. A sede do engenho, o maior do seu tempo, ficava nos arredores de São Francisco do Conde e se estendia até o Rio Paraguaçu.
O topônimo, preservado na emancipação do município, vem da "Soubara" de então. Cabuçu, hoje um destino de praia das camadas populares, está registrada em mapas do século 16 como "Cunhabaçu".
Graças a uma disputa judicial que envolveu os jesuítas, a certa altura tornados herdeiros das mesmas terras, a história da região é talvez a mais bem documentada daquele período no Brasil.
Mas a casa que abriga o Araripe Lodge tem história mais recente. Décadas atrás, nesta mesma casa passava férias ninguém menos que Raul Seixas, o "maluco beleza".
Chegança, no jardim das belas flores
Mestres Navegantes apresenta Chegança, no jardim das belas flores, dirigido por Betão Aguiar e Bruno Graziano: O bailado português que atravessou ventanias e correntezas centenárias encontra, à beira da Baía de Todos os Santos, um porto seguro para atracar e manter-se vivo no território firme da nobreza feminina brasileira. A irreverência de dançar a brincadeira dos marujos e a coragem de duas mestras que semeiam beleza pelas águas da cultura popular.
cultura
A Marujada de Saubara, tradição que remonta à colonização (Foto IPAC Bahia)
A renda de bilros de Saubara: 400 anos de história (Foto de Helena Kissic)
tradição
A Barquinha de Bom Jesus dos Pobres: no último dia do ano (Foto Mateus Pereira/GOVBA)
Cena do documentário “Acupe Terra Quente” retrata a encenação Nego Fugido (Foto Reprodução)
chegança
memória
O Recôncavo preserva tradições culturais que remontam ao início da colonização portuguesa no Brasil, como a Marujada de Saubara (vídeo) ou recuperam a herança colonial, como a encenação de rua do Nego Fugido, sempre em julho, numa "ópera popular da liberdade". O Samba de Roda Chula Raízes de Acupe é outra manifestação cultural antiga da localidade. E em Bom Jesus dos Pobres há a Barquinha, que no fim do ano coleta oferendas de casa em casa.
patrimônio histórico
Wille Marcel (CC BY-SA 3.0), Paul R. Burley (CC BY-SA 4.0), (CC BY-SA 4.0) , (CC BY-SA 4.0), Acervo Digital do Iphan
aqui nasceu o Brasil
O extenso patrimônio histórico do Recôncavo está representado também às margens do Rio Paraguaçu.
O Convento de Santo Antônio do Paraguaçu (1649), principal monumento, está a 18 Km do Araripe Lodge, rio acima, e pode ser visitado em tour por barco organizado pelo Lodge para os hóspedes.
Pouco antes, a 12 Km, há o Forte de Santa Cruz do Paraguaçu, que remonta ao século 17 e pouco depois a Capela de Nossa Senhora da Pena (1660).
araripe hoje
Loteada em abril de 1980, Araripe de Baixo passou a ser conhecida também como "Monte Cristo", mas nunca chegou a receber infraestrutura urbana. Atualmente abriga casas de verão sem serviços turísticos relevantes, o que garante a tranquilidade, principalmente fora de temporada.
A região permanece relativamente isolada, com extensos manguezais nativos bem preservados, viveiros para a vida marinha. As comunidades vizinhas vivem principalmente da pesca e agricultura.
Suficientemente distante de Salvador, mas ainda assim bastante perto, Araripe de Baixo permanece um recanto não poluído do litoral.